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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Minha cadela em um dia de Sabado

Minha cadela em um dia de sabado

Normalmente nos finais de semana gosto de passear, fazer pequenas viagens para cidades próximas de BH, estar com as minhas cadelinhas, viver minhas perversidades sem culpas ou remorsos, mas sempre com muita responsabilidade e sutileza, entretanto nesse ultimo sábado marquei com minha cadelinha de levar o carro dela para trocar os pneus que já estavam muito gastos.

Exatamente às 9 horas, lá estava ela com um vestidinho de linho azul com detalhes de renda, feito sob medida muito antigo e um pequeno broche esmaltado de libélula. A imagem lascivamente ingênua com aspectos de puritana naquela carne palpitando vida, dessa vida que respira, que fala, que olha, que olfata, que gesticula e ondula, caminhando para mim. Controlei meus instintos e apenas tivemos uma breve conversa, entramos nos carros e fomos até a loja de pneus.


Lá, ela assentou-se em uma poltrona, enquanto eu dava providencias para a troca dos pneus. Mesmo distante não descuidava da minha cadelinha, não sei explicar, mas meus instintos conseguiam ouvir os gemidos silenciosos que vinham daquele corpo de aflição, num soluçar fraco que mais parecia choro de criança.
Finalmente tudo resolvido. Pneus novos. Hora de voltar e guardar o carro, mas o meu sábado ia começar assim que o carro dela estivesse na garagem. Eu espero na esquina e novamente lá vem ela. Meus sentidos já naquela hora experimentavam sensibilidades de vibração ao som de uma música dolente de melancolia e nitidamente vi! — vi e senti que estava perto de mim aquela santa depravação e sem cerimônia provei o fruto daquela luxuria destilada em disfarçada ingenuidade de cadela e fui encaminhando meus dedos na gruta dela que entraram que nem quiabo deslizado em paredes úmidas , quentes e ela rebolava deliciosamente revelando o doce do seu fruto macerado com o elixir do meu desejo.
Mas era apenas um aperitivo. Novamente entramos no carro, mas agora nosso destino era um sitio em João Molevade, onde ela seria o sacrifício que aplacaria minhas ânsias de maldades. Meu sadismo exige a total consagração das lágrimas da cadela onde a apoteose são os gemido e os soluços! Dor dos sentidos e da humilhação!
Já no sitio, dentro da casa grande, velha, escura e de aspecto abondonada cercada de mato e arvores frutiferas, a cadela reconhece que está no templo da sua agonia.
Ah! delicia das delicias! Um sentimento que subia como incensos da minh'alma, que se exalavam ante a sua imagem de suplicio, como num altar sagrado. Sentimento épico, quase clássico. Um sentimento de “CARINHOSA PIEDADE SADICA E PATRIARCAL” pelos seus sacrifícios, pela sua abnegação, pelos seus afetos extremos e dedicações sem limites, pela sua delicadesa em renunciar a si mesma, pela sua caridosa ingenuidade de menina puta, pela sua celeste ternura. Minha cadela!!!!
Sim ! Minhas cadelas são misticismos de êxtases, delicadezas de sensação, espasmos de ascetas enclausurados, de mártires lívidos nos cilícios da penitência, serenos na suprema Dor. Não posso negar que diante da imagem do seu corpo trêmulo desprovido de honrra ou pudores que se entrega em olocausto para minha satisfação inpiedosa, tenho gozo cheio de prazer ao contemplar a ternura nos seus olhos e todas as meigas curvas de sua face que eu beijo com meus açoeites , como se o meu olhar deslumbrado tivesse tato e a apalpasse.
Não era dificil perceber que ela tateava numa dúvida cruciante entre ficar e sofrer ou sair fora daquele cárcere de angústia, para fugir daquela casa em que estava agrilhetada e cujo impressionismo de pavor dilacerava e queimava a sua carne com desejo e submissão, mas dominada por sua natureza doce e obdiente se deixava devorar como uma chaga, rasgava-se em lacivia, despedaçava-se em nervos. Mas ela é minha, não tem como fugir. Sua luta é inutil e ela vem dolorosamente, triste e soturno o seu caminhar tateante, oscilante, mas que seguia resoluto para mim, perseguindo-me, atraindo-me como ima, fascinando-me como um vício secreto, como um mal doentio, como uma serpente magnética, como uma nevrose fatal!
Estava dominada pelo desejo angustioso, soluçante de encher todo aquele ambiente com os seus lamentos e gemidos desesperados; mas não saiam gritos apenas soluços rouco, surdo, absurdo som ininteligível, como o grunhido animal, rolava, arrastava, rangia áspera, pedregosamente na garganta o seu sofrimento.
Essa liturgia prolongou-se por toda a tarde e boa parte da noite só depois de saciado decidi voltar para BH, mas antes ainda fomos jantar em um restaurante desses de beira de estrada onde tem muitos caminhoneiros e os viajantes da noite , mas essa parte da historia fica para outro dia.
Dom Resende

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Minah menina

Minha menina
Admito as delicias dos meus insanos prazeres, sórdidos, pervertidos, lascivos, e egoístas que sem conflito entre as minhas reivindicações instintivas e as exigências morais vivo tão somente a pulsão pela vida estranhamente conciliando o sagrado e o profano.
Confesso as delicias dos meus insanos prazeres obscenos que imagina fazer de vc uma vagabunda dominada pelo cio, levantar sua saia, afastar a calcinha, abri as suas pernas e meter minha pica cabeçuda em sua entranhas sem pudores ou cuidados , em pé, por trás, e com força, com muita força.
Sem vergonhas eu declaro as delicias do insano prazer em ouvir seu choro irromper incontrolável. Não por causa da penetração violenta, abrupta. A dor vem da sua alma, por se submeter àquela degradação, àquela desavergonhada condição de cadela, dominada não apenas pela autoridade sádica, mas pelo tesão, alimentada pelos instintos de fêmea no cio. Um choro abafado e meio melancólico é verdade, mas também de um prazer absurdamente libertador.

Dom Resende

Pensamentos litúrgicos

Pensamentos litúrgicos

A Liturgia introduz-nos na atmosfera misteriosa da relação
sadomasoquista, é quando a submissa se esforça para que todo seu corpo
e alma proclame a sua devoção incondicional e disciplinada ao seu Sr.
A liturgia é um exercício que resulta na integração entre o Sr e a
sub. Na liturgia a relação é sincronizada pelo ritual do desejo, ou
seja, Sr e sub associam-se instintivamente é quando a sub reconhece,
nEle a sua voz, e Ele nela a sua voz.

A ação litúrgica torna-se mais encantadora e eficaz em seus objetivos
quando os ritos são feitos com convicção, mas de maneira leve, sem
deixar de serem solenes

A liturgia é ação disciplinadora por excelência. A liturgia realiza e
manifesta como sinal visível da relação entre o Sr e a sub através de
uma linguagem comportamental e ritualística. A liturgia tem de ser
precedida pela cumplicidade inteligente. É na liturgia que, por meio
de símbolos e gestos, que a sub diz ao seu Sr: “quero cumprir
inteiramente a vossa vontade. Eu quero vos agradecer".

A liturgia deve seguir um rito próprio de cada relação, mas sempre
procurando encontrar o ponto de equilíbrio entre o rigor formal
próprio que define a condição do Sr e da escrava sem perder o
requinte encantador da perspicácia fazendo aflorar os sentidos e as
emoções.

A liturgia deve trabalhar os sentidos, o olfato, o tato, o paladar, a
visão, a audição sem desprezar as sensações que em seu núcleo reclama
a dramaticidade dos acontecimentos e faz concretizar a sua cruel
realidade corporeidade a começar pelo ritual do comportamento, que é a
verdadeira morte das vontades da submissa. Os ritos comportamentais,
vira às avessas o visível para revelar o invisível e escava na alma
submissa para gerar a docilidade que encanta e possibilita a entrega
sacrificial fazendo emergir um sentido excessivo de um corpo
flagelado, suado, trespassado como agradável odor desejado por seu Sr.

Durante a relação litúrgica cada ato está cheio de significado. A
liturgia vive precisamente da ativação dos nossos sentidos, não
podendo sequer falar em ação ritual sem a participação na mesma. Esta
participação caracteriza-se principalmente pela variedade de códigos e
linguagens requeridos pelo rito que ajuda a criar o “ambiente”
litúrgico e liga-se à “memória” da inserção da nossa história
pessoal.

É pelo corpo e pela ação que o ser humano se liga ao espaço. Mas a
nossa “situação” não constitui um fenômeno totalmente externo, nem uma
experiência puramente interna da consciência. O ser humano habita
“espaços potenciais” aos quais acede por meio de “objetos
transacionais”. Esta experiência faz descobrir o “ambiente” e dele
depende largamente. Também a liturgia se dá num ambiente condicionado
e possibilitado pela implicação corporal no rito. Desta forma, o
espaço litúrgico não corresponde simplesmente ao lugar (segundo um
critério quantitativo), nem propriamente ao nosso “estar ali” (mesmo
que consciente e atentamente.), mas é delimitado por uma experiência
de mútua implicação e sujeição a condições ambientais, corporais e
intersubjectivas.

Elementos naturais como as roupas, os sapatos, a vara da disciplina, o
tom de voz … surgem como os “objetos transacionais” que permitem a
constituição da liturgia como espaço potencial, isso significa dizer
que a experiência que deles fazemos é que “situa” a liturgia. E esta é
uma experiência de ativação dos nossos sentidos. Do uso comum e
quotidiano destes elementos mantemos apenas um gesto estilizado,
subtraído a qualquer utilidade, de modo a revelar o sentido do porque
estamos vivendo o que vivemos. Com estes elementos, podemos
compreender a forma como o uso ritual do código dos sentidos se liga
ao ambiente. Basta pensarmos na vara da disciplina que imediatamente
se espalha um clima de castigo e envolve o espaço e as pessoas.
Particularmente sugestivo pode ser a articulação entre o código
visual, o código olfativo e o código espacial inerente ao uso das
velas, das flores ou qualquer outro objeto na liturgia.

Na relação litúrgica o importante são as sensações e estas só pela
ativação dos sentidos se pode atingir: na liturgia, não colhemos a
diferença (do significado), mas sim a identidade (do significante):
vemos a “ vara do castigo” e a submissa de joelhos, ouvimos o choro
da submissa sufocado quase contido na alma e oferecemos o colo da
penitencia,a sub olha para a coleira e caminha em direção ao altar da
entrega, a sub sente o toque das mãos do Sr em seu rosto ela responde
em atitude de adoração e assim sucessivamente.

Dom Resende

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

vivendo os instintos

Precisamos ter a ousadia para viver a intensidade de cada desejo.
Sentir sem medo de sentir, caminhar sem medo de errar e errar sem medo de acertar. Sendo assim percebemos que a recompensa é por tentar e não por ter sucesso, o segredo do bem viver é que façamos esforço, tendo sucesso ou não.

Qual é a diferença entre uma pessoa que caminha e outra que para de caminhar?

- Uma pessoa que caminha cai sete vezes, uma pessoa que para de caminhar cai apenas uma vez. A pessoa que caminha cai e então se levanta novamente, novamente e novamente. Mas uma pessoa que para de caminhar cai e nunca se levanta. Errar é andar sem compromisso de chegar a um lugar determinado; significa perambular, estar aberto para as coisas que nos atingem o olhar e tocam os sentimentos. Errar sem medo é estar aberto para as sutilezas do novo.
Para melhor vivenciar a submissão é ter a ousadia de viver despreocupada com as definições, despreocupada com nomenclaturas ou classificações, interessada só em viver o agora.
Submissão é renunciar a si própria. Renunciar aos pudores, as resistências, aos medos, as certezas e com humildade consciente buscar a vontade e felicidade do Sr. O caráter da submissão não é forçado ou imposto, mas inteligente e sacrificial fruto da reverencia que a submissa tem por seu Sr e, tal respeito, obediência e dedicação não é concordar nem é passividade cega, mas é o reconhecimento da autoridade, da liderança que o Dominador coloca sob a vida da submissa, é a cooperação e sujeição à autoridade do Dominador o que significa adesão real, movida pela vontade, a qual é iluminada pela natureza lasciva do desejo, ao testemunho dos instintos. Assim submissão tem a ver com reconhecimento de autoridade. Quando se reconhece a autoridade de alguém, fica mais fácil ser-lhe submisso.
Se a submissa reconhecer a absoluta autoridade do Senhor sobre todas as coisas, e confia em Seu cuidado por ela, certamente irá entregar tudo, completamente nas mãos de Seu Sr. A verdadeira autoridade exige reverência da submissa e não medo. A reverência atrai, o medo afasta.

Dom Resende

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Submissa:...

Submissa:
Ó beleza tão antiga e tão nova! Onde está? Há tempos te procuro e não me canso de encontrar novas manifestações de submissão. Umas surgem da volúpia, da impetuosidade, da irreverência, do lúdico, da peraltice, da menina contida, da mulher incontida, outras da docilidade, da candura, da PutaPuritana comportada e disciplinada, mas todas me dão o prazer de certos registros agudos que encontro, aqui e ali, entre estes as delícias do gemido sufocado, canto que rege a minha devassidão. Encontro em cada submissão à poesia da ousadia, da entrega, do sofrimento e a devoção pervertida que destila o licor da luxuria que me dá vida.

Procuro sem nunca me cansar porque é meu destino, meu vicio e meu refrigério. Essa beleza submissa que exala sobre mim o perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por ela. Saboreei-a, e agora tenho fome e sede de submissão. Tocastes-me e agora desejo ardentemente a vossa entrega incondicional. Ó Santa submissão, modelo de mansidão, estupendo prodígio de ousadia nutrida pela humildade com que superas os açoites, flagelos, depravações e humilhações, vem santamente vestida de nua. Vem que te quero e de resto não tem resolução equiparada
nem anestesia nem nada que faça parar este quero-te tudo.Vem que te quero sem voltas supérfulas no registro dos “ais”.
Dom Resende

terça-feira, 13 de julho de 2010

HUMILHAÇÂO

HUMILHAÇÂO

A humilhação é importante na dominação psicológica e é capaz de provocar um prazer que ultrapassa o momento do encontro ou do acontecimento da circunstancia de humilhação. O prazer da humilhação é de natureza racional e do tipo abstrato; se trata de um orgulho (força) íntimo próprio de se sentir capaz de tolerar sofrimento, com isto, se parece desafiar o dominador em sua autoridade, o que significa um continuo engrandecimento pessoal. O prazer na humilhação está na excitação instintiva em associar desejo lascivo, subversivo e estranhamente libertador. De fato acontece um estranho prazer na humilhação.

A forma de aplicação dos atos de humilhação são: físicos ou psicológicos. A humilhação está estreitamente vinculada ao sentimento de um possuir outro. Se um indivíduo se sente humilhado é porque alguém, através de algum ato o fez sentir-se dominado, nisso encontramos o prazer do dominador em sentir-se o Sr e o prazer do dominado de sentir-se possuído de fato.

Estes sentimentos de possuir e de ser possuído é parte integrante das relações de dominação psicológicas. Na dominação psicológica o objetivo da humilhação tem como principal característica a destruição dos pudores ou limites morais e assim quebrar qualquer resistência daquele que a sofre. Se existe uma situação onde a dor emocional da pessoa humana é percebida com facilidade é através da humilhação, pois nela o indivíduo se vê exposto e a vergonha toma conta de seu ser.

A humilhação tem também como objetivo educar, disciplinar, reprimir e condicionar a escrava em diversas situações de comportamento. Na pratica, humilhar é um conjunto de atitudes intencionais e repetitivas, adotado pelo dominador, causando dor, angústia e sofrimento na escrava como: Insultos, intimidações, apelidos cruéis e constrangedores, gozações, acusações injustas, ridicularizar, são alguns dos atos de humilhação.

Para trabalhar esse prazer herdeiro do romantismo nostálgico da estética melancólica da perda, da ruminação, da renuncia ou de qualquer constrangimento capaz de ferir a vaidade da pessoa subjugada, envolve a análise cuidadosa do modo como o desejo lascivo possibilita o gozo do escravo. É fundamental que o dominador seja capaz de estabelecer seu estilo de ser e não de estar, “Sr” da situação, também o dominador tem que ser habilidoso e criativo para desvencilhar-se dos impasses gerados pela fantasia masoquista ou sádica e os conflitos com pudores de piedade e apontar com segurança a direção, conduzindo as situações com absoluto controle espiritual, emocional e equilíbrio ético responsável. Ser sádico não é ser criminoso nem inconseqüente, como também ser submissa não é ser lunática ou desprovida de inteligência.

“As vezes é preciso quebrar algumas vidraças, para se ter uma visão melhor da janela da vida”
Dom Resende

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Viciado!!!!Meu vicio

Viciado!
Meu vicio é beber no cálice da submissa que me embriaga com o mais forte dos alucinógenos. O absinto do seu corpo e alma servidos como instrumentos de prevaricação, luxuria e perversidade totalmente entregues aos caprichos do meu sadismo.
Meu vicio é a alma submissa, erótica e latente, absinto destilado em suave candura íntima e emotiva, capaz de revelar um universo expansivo sobre as sutilezas psicológicas dessa estranha relação entre sádico e submissa, enlaçada nos períodos de paz entre os açoites agonizantes e os afagos que de tão delicados acaricia não apenas o corpo marcado, mas acalenta a alma ultrajada. Não há tristeza: apenas uma breve e doce melancolia insinuando-se qual fêmea no cio que busca agasalhar meus desejos que mais parecem lâminas afiadas de navalha em cujo fio de corte sutil a ousadia submissa se equilibra

Meu vicio é me embriagar na volúpia do absinto alucinante da alma submissa, é me perder nos labirintos da lascívia, é beber no cálice do pecado e por fim me incendiar no fogo do sadismo que me consome completamente embebedado pelos os sentimentos aflorados que assustam e fascinam.
Será que tem cura? Será que desejo cura?
Dom Resende

quarta-feira, 31 de março de 2010

SADISMO PISICOLOGICO

(Provérbios 20,30) "Feridas e chagas são remédio contra o mal, e os açoites purificam o íntimo do corpo."

Lendo essas palavras nas Sagradas Escrituras, meu sadismo é aguçado, uma excitação apodera da minha mente e sem medo de desejar, sem medo de me perder na minha perversidade, quero e como quero, não apenas um corpo trepidante, retorcendo-se como verme, sob os meus açoites, bem mais do que ouvir os gemidos e lamentos, doces e claros da vitima angustiada pela minha lascívia, como uma prece afetuosa no meio de dores dilacerantes, entre o sibilar e estalar da minha maldade. Mais muito mais do que fantasias eróticas de sadomasoquismo, mais do que comer o sexo da fêmea que me é naquele instante um pirão apetitoso, quero, despojá-la da honra, da dignidade, do pudor e por fim devorar a alma subjugada e escarnecida, quero marcar com marcas definitivas a alma enquanto que no corpo quero apenas o avermelhado, o roxo e leves calombos ardidos .

Quase todos os dias, converso com pessoas que buscam a escravidão da dor física somente, querem sessões ou simples encontros, entretanto sou um caçador de almas. Procuro a totalização das sensações e das percepções.

Com a mente dispo, percorro, toco, adestro e então desperto o desejo de te ter como minha menina, minha cadela, minha puta e ainda assim ser tímida e recatada. E por fim fazer aflorar o desejo de seres mais minha do que eu de dela.
Esse tipo de relacionamento só é possível quando formado por pessoas que alcançaram equilíbrio interiormente entre suas partes "SENHOR" e "escrava", que compreende como a essência da completude a cumplicidade e a sintonia de desejos. Quando não apenas os corpos havidos se entrelaçam, mas fundamentalmente quando as almas se abraçam "SENHOR" e "escrava" com seus respectivos desejos, é nessa simbiose que a tirania do sádico encontro acolhida nos átrios da vida submissa.
Dom Resende

terça-feira, 30 de março de 2010

Ah essas mulheres, SUBMISSAS!

Ah essas mulheres, SUBMISSAS!
Mulheres de cabelos longos, curtos, encaracolados, loiros, pretos ou ruivos. Mulheres altas, baixas, medianas, fofinhas, magras, unhas grandes ou curtas. Mulheres, moças dos rostos rosadas que denuncia delicadeza, candura corajosa que de ímpeto em sintonia arqueando impulsos e desejos entregam-se na obediência do seu envergonhado modo de ser "mulher menina" apenas para aquele "Senhor da chibata", homem austero. Quanta delicadeza e quanta força na entrega sem reservas aos açoites da chibata, que sem piedade vai e vem em sua pele inocente. De olhares baixo resignados esperam a redenção que só acontece quando a sana egoísta de seu Sr cansa, e com isso satisfeito seu sadismo Ele prepara um novo unguento de palavras, gestos e toques para cicatrizar as chagas de um castigo, que saciou as vaidades e as vontades de um Sr pervertido.
Ah essas mulheres, SUBMISSAS!
Tem vontade sim. Vontade audaciosa que esvazia de si mesmas e caminha firmemente para os braços do seu algoz. A cada passo dado em direção ao seu sofrimento consciente sente um formigamento que toma as pernas e os braços e vai incidir sobre o sexo e os bicos dos seios, intumescidos, ambos. A garganta seca enquanto a boca se enche de uma umidade doce. O formigamento se transforma em quase-dormência, mais alguns passos em direção a agonia anunciada, e os olhos piscando sem direção, mais passos e um sussurro de alegria que não se externava a ouvidos nus. O sempre-espaço da opção: aceitar e se entregar ao sadismo do Sr ou fugir? Mas, elas sabem que a vida começa e termina no limiar. Muito antes dos açoites elas sofrem de uma vontade estranha que chega a doer. Algumas vontades doem.

Como cristão que sou não sei se é blasfêmia, mas acredito que em tudo devo render graças. "Grassas a Deus por essas Mulheres Submissas"
Dom Resende

Convento de sensações

Convento de sensações

Confesso sem traumas, remorsos e livre de pecado, meu prazer luxurioso que encontro em “cativas submissas” o libidinoso convite que chama minha natureza sádica e dominadora para satisfazer seu apetite perverso de provocar angustia, dor, humilhações e caricias que de tão afetuosas parece contradizer todo meu sádico desejo.

Confesso que como um sacerdote, entro no convento onde estão enclausuradas as “cativas submissas’, contidas, disponíveis com olhos formatadas pela sedução, carregados de amoralidades. Que em silêncio interioriza e uni-se à liturgia do meu desejo. Devotas fieis e completamente disponível ao serviço incansável da santa luxuria.

Quanto maior é a delicadeza sutil da perversidade libidinosa da liturgia do sadismo em suas almas, tanto mais devem se humilhar, aceitando com resignação e paciência todas as tribulações que o Senhor envia.

Eu acredito que Mulheres submissas são aquelas que ousaram desafiar as normas sociais vigentes e por mais que pareça paradoxal decidiram viver um cárcere voluntário libertando o corpo e a alma para se dedicar ao seu Senhor.

Enclausuradas nesse convento de sensações vivem os prazeres e os sofrimentos latejantes e febris das emoções, das sensações incoercíveis, marcando algumas vezes com cicatrizes que qualificam o fantástico das exacerbações da natureza humana: alucinações, cuja lógica ultrapassa a da consciência habitual, mentes inquietas e febris, o duplo de cada pessoa. A impressão de realismo é criada dentro do irreal. Os cenários são brumosos, repletos de elementos de dor, sofrimento, humilhação e perversas “CARICIAS” que chega ao gozo; delírios de grandeza; rechaço do inconsciente.
Dom Resende

terça-feira, 23 de março de 2010

o caminho da “ SUBMISSA com seu SR”

O caminho do encontro da SUBMISSA com seu SR”

Qual é força da submissa ?

Conclui que quando há coragem, encontro, desejo, vínculo, confiança, instinto, feminilidade, docilidade, alma, ousadia, voracidade, corpo ardente e tudo isso somado de maneira harmônica é mais forte do que a morte. Nisso encontrei a força e a coragem da submissa, mas a resposta que procuro e não encontrei é : “ Como explicar o caminho do encontro de uma SUBMISSA com o seu SR?

Quando Sr e sub se fazem um em uma simbiose estranhamente perversa e prazerosa; quando suas mentes vão se tornando uma só; quando seus sonhos na vida se tornam comuns; quando seu tesouro é viverem isso intensamente; quando até os desencontros os aproximam mais. Isso é o caminho de uma SUBMISSA com seu Sr.

O que faz tal encontro que faz encontrar a SUBMISSA com seu SR... acontecer como encontro real e definitivo?

Ora, é na confissão da alma e na ousadia de assumir seus instintos e desejos Sim, é quando não queremos mais explicações, nem conceitos, nem aceitação da sociedade é quando aceitamos o mistério de sermos de fato aquilo que não entendemos.

O caminho do encontro:

É caminho altaneiro porque é audacioso, com direção e objetivo de satisfazer instintos de alma, com clara intenção de viver enquanto há vida.Além disso, é um caminho leve, entregue ao vento, capaz de planar, de se deixar levar, de descansar no tapete do vento.

É o caminho de quem não se assusta com o novo, com inusitado, com as ondas gigantes, com o abismo, com a escuridão e nem mesmo com os venenos.

É caminho que se guia apenas pelos instintos, pelas sensações, pelas veredas feitas de marcas pervertidas e sádicas na alma e no corpo.

É caminho que destemidamente singra a morte dos oceanos do desejo e da lasciva de maneira incompreensível.

Não entendo o caminho da “ SUBMISSA com seu SR”

Sim, pois o caminho de uma SUBMISSA com seu SR não é para ser entendido ou anatomizado.
Não! O caminho de uma SUBMISSA com seu SR é para ser vivido, não para ser explicado.
Aliás, relações que se explicam muito têm quase sempre nada em si mesmas.
Os vínculos que perduram são os que estão para além de qualquer explicação humana...
É!... São... Basta ser...

Entretanto, embora eu não entenda o caminho de uma SUBMISSA com seu SR, sei, todavia, que seu modo é caminhar porque não caminhar é morrer sem saber que tinha pernas.

É assim que é...

E quem não andar assim, não deve tomar ninguém pela mão e propor navegar nas águas da devassidão dos desejos, dos instintos, da luxuria, da lascívia, porque essa é uma viagem para quem quer velejar em águas não mapeadas.

Dom Resende