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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Minha cadela em um dia de Sabado

Minha cadela em um dia de sabado

Normalmente nos finais de semana gosto de passear, fazer pequenas viagens para cidades próximas de BH, estar com as minhas cadelinhas, viver minhas perversidades sem culpas ou remorsos, mas sempre com muita responsabilidade e sutileza, entretanto nesse ultimo sábado marquei com minha cadelinha de levar o carro dela para trocar os pneus que já estavam muito gastos.

Exatamente às 9 horas, lá estava ela com um vestidinho de linho azul com detalhes de renda, feito sob medida muito antigo e um pequeno broche esmaltado de libélula. A imagem lascivamente ingênua com aspectos de puritana naquela carne palpitando vida, dessa vida que respira, que fala, que olha, que olfata, que gesticula e ondula, caminhando para mim. Controlei meus instintos e apenas tivemos uma breve conversa, entramos nos carros e fomos até a loja de pneus.


Lá, ela assentou-se em uma poltrona, enquanto eu dava providencias para a troca dos pneus. Mesmo distante não descuidava da minha cadelinha, não sei explicar, mas meus instintos conseguiam ouvir os gemidos silenciosos que vinham daquele corpo de aflição, num soluçar fraco que mais parecia choro de criança.
Finalmente tudo resolvido. Pneus novos. Hora de voltar e guardar o carro, mas o meu sábado ia começar assim que o carro dela estivesse na garagem. Eu espero na esquina e novamente lá vem ela. Meus sentidos já naquela hora experimentavam sensibilidades de vibração ao som de uma música dolente de melancolia e nitidamente vi! — vi e senti que estava perto de mim aquela santa depravação e sem cerimônia provei o fruto daquela luxuria destilada em disfarçada ingenuidade de cadela e fui encaminhando meus dedos na gruta dela que entraram que nem quiabo deslizado em paredes úmidas , quentes e ela rebolava deliciosamente revelando o doce do seu fruto macerado com o elixir do meu desejo.
Mas era apenas um aperitivo. Novamente entramos no carro, mas agora nosso destino era um sitio em João Molevade, onde ela seria o sacrifício que aplacaria minhas ânsias de maldades. Meu sadismo exige a total consagração das lágrimas da cadela onde a apoteose são os gemido e os soluços! Dor dos sentidos e da humilhação!
Já no sitio, dentro da casa grande, velha, escura e de aspecto abondonada cercada de mato e arvores frutiferas, a cadela reconhece que está no templo da sua agonia.
Ah! delicia das delicias! Um sentimento que subia como incensos da minh'alma, que se exalavam ante a sua imagem de suplicio, como num altar sagrado. Sentimento épico, quase clássico. Um sentimento de “CARINHOSA PIEDADE SADICA E PATRIARCAL” pelos seus sacrifícios, pela sua abnegação, pelos seus afetos extremos e dedicações sem limites, pela sua delicadesa em renunciar a si mesma, pela sua caridosa ingenuidade de menina puta, pela sua celeste ternura. Minha cadela!!!!
Sim ! Minhas cadelas são misticismos de êxtases, delicadezas de sensação, espasmos de ascetas enclausurados, de mártires lívidos nos cilícios da penitência, serenos na suprema Dor. Não posso negar que diante da imagem do seu corpo trêmulo desprovido de honrra ou pudores que se entrega em olocausto para minha satisfação inpiedosa, tenho gozo cheio de prazer ao contemplar a ternura nos seus olhos e todas as meigas curvas de sua face que eu beijo com meus açoeites , como se o meu olhar deslumbrado tivesse tato e a apalpasse.
Não era dificil perceber que ela tateava numa dúvida cruciante entre ficar e sofrer ou sair fora daquele cárcere de angústia, para fugir daquela casa em que estava agrilhetada e cujo impressionismo de pavor dilacerava e queimava a sua carne com desejo e submissão, mas dominada por sua natureza doce e obdiente se deixava devorar como uma chaga, rasgava-se em lacivia, despedaçava-se em nervos. Mas ela é minha, não tem como fugir. Sua luta é inutil e ela vem dolorosamente, triste e soturno o seu caminhar tateante, oscilante, mas que seguia resoluto para mim, perseguindo-me, atraindo-me como ima, fascinando-me como um vício secreto, como um mal doentio, como uma serpente magnética, como uma nevrose fatal!
Estava dominada pelo desejo angustioso, soluçante de encher todo aquele ambiente com os seus lamentos e gemidos desesperados; mas não saiam gritos apenas soluços rouco, surdo, absurdo som ininteligível, como o grunhido animal, rolava, arrastava, rangia áspera, pedregosamente na garganta o seu sofrimento.
Essa liturgia prolongou-se por toda a tarde e boa parte da noite só depois de saciado decidi voltar para BH, mas antes ainda fomos jantar em um restaurante desses de beira de estrada onde tem muitos caminhoneiros e os viajantes da noite , mas essa parte da historia fica para outro dia.
Dom Resende

4 comentários:

  1. Enfeite a árvore de sua vida
    com guirlandas de gratidão!
    Coloque no coração laços de cetim rosa, amarelo, azul, carmim,
    Decore seu olhar com luzes brilhantes estendendo as cores em seu semblante
    Esta é a sua roupa para o Natal
    Em sua lista de presentes, em cada caixinha, embrulhe um pedacinho de amor, carinho,ternura, reconciliação, amizade e perdão...
    Tem presente de montão
    no estoque do nosso coração e não custa um tostão!
    A hora é agora!
    Comece a embalar os presentes!
    Vamos! Enfeite seu interior!
    Seja diferente! Seja reluzente!
    (Cora Coralina)

    A melhor mensagem de natal é aquela que sai em silêncio de
    nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada
    pela vida... pelo BDSM.

    Desejamos um Feliz Natal a todas(os)... que vivem plenamente a magia de uma relação D/s.

    São os votos de Sr. Dio e (preciosa)

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  2. Como não se encantar por toda a magia que lhe envolve meu querido amigo a quem eu chamo de Mentor.
    Não poderia deixar de passar por aqui, para lhe desejar muita Paz e Saude em 2011, e que todos os seus desejos sejam saciados, principalmente aqueles mais profanos e cheios de luxuria...
    Beijos de sua amiga!

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  3. Bom dia, Dom Resende,
    é delicioso passar por aqui e ser presenteada com essa magnifica postagem,
    so tenho a Lhe agradecer por literatura de tão bom gosto e claro, excitante.
    Tomo a liberdade, Senhor de Lhe convidar a conhecer o blog das escravas do reino de K@, tenho certeza de que o Senhor se identificará em muito dos nossos textos.
    um grande abraço
    kazua { Klara }
    http://reinodeka.blogspot.com/2011/01/dor-muito-prazer.html#comment-form

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