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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Dominação psicológica, que isso!?

A dominação psicológica necessita de paciência, disciplina, persistência, frieza e determinação quase que uma obstinação, mas é fundamental descobrir em alguém a disposição em uma submissão de 100% ou seja, pessoas com disponibilidade de se deixar trabalhar pelo dominador, porque a submissão não é uma obra acabada, mas é uma contínua construção, que exige repensar valores, vivenciar novos sentimentos, aprender novas lições, conquistar novos espaços e vislumbrar novos horizontes. A submissão é um aprendizado forjado nas lições do cotidiano. Não acredito na dominação absoluta, mas acredito na dominação psicológica sutil, paciente e progressiva que ficará bem próxima do ideal do desejo submisso como do desejo da dominação. Quando falo do “desejo submisso” ou do “desejo dominador” não penso no desejo erotisado, mas no desejo enquanto condição do que somos. Nesse sentido domínio não tem limites definitivos ou intransponíveis é apenas questão de tempo. Para haver dominação, a condição básica é que haja vontade de obedecer, ou seja, interesse (externo ou interno) em consentir com tal ato ( disposição da natureza em ser submissa). A verdade é que a dominação psicológica tem como desejo real moldar a submissa, mas não o exterior como se cirurgião plástico fosse. A dominação psicológica quer moldar o interior, o comportamento, e para tanto apenas requer que a submissa se entregue completamente a ELE, deixando que Sua vontade se cumpra em nossa vida em longo processo de cumplicidade e caminhada. Dom Resende

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ruas e Becos

Admito sem pudores que enquanto caminho em ruas e becos escuros entre sombras e sussurros, sinto um prazer sórdido e macabro de fazer o mal e observar o mal; maldade pura e simples.

Admito esse meu delicioso e pervertido prazer em entrar em ruas e becos que só se pode entrar pela porta dos fundos. Ruas onde os transeuntes são sonhos ocultos e fugitivos, mentiras, culpas e pecados. Ruas e becos onde se espera muito para receber poucas migalhas de restos de qualquer coisa que cai da opulência dos indiferentes.

Ruas e becos de sexo profano, roubado, explorado, sujo, desvairado em noites frias com lufadas de ventos gélidos que espalham o cheiro da profanação e da tristeza disfarçada em deboche e resignação que estimula a minha insensibilidade de sadismo duro que se deixa petrificar diante da humilhação e do sofrimento que os risos dos bêbados e das prostitutas tentam sufocar.

Às vezes entro em um boteco sujo, assento em um tamborete, em um canto escuro e apenas sinto os cheiros dos freqüentadores das ruas e dos becos escuros de BH, o cheiro da dor, da humilhação, da angústia daquele ambiente cinza, nublado e triste. Mas estranhamente no ar carregado há algo mais doce que o mel e eu me entrego completamente aos delírios do meu prazer sádico e sarcástico. Um prazer com percepções picantementes e sutis que transpassam as barreiras metafísicas alcançando a beleza na maldade emocional.

Somente quando vivenciamos o contraste entre a opulência e a miséria, aceitamos o convite à depravação e encontramos o encantamento e a beleza das ruas e dos becos escuros da cidade.

Naturalmente esse convite à depravação é mais bem vivenciado quando acompanhado com uma cadelinha SUBMISSA, humilhada e ultrajada em uma linda coleira de prata. É sempre o contraste do requinte e a simplicidade mais crua e triste da humilhação que me fascina.

Dom Resende

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sem Remorsos

Sem Remorsos

Admito o ser estranho que sou. É normal as pessoas sentirem remorso, ficarem sensíveis esboçarem sensações diante do inusitado, entretanto sou um caminhante frio e sem qualquer remorso, bebo as lagrimas doloridas do sofrimento humilhante de alguém que se entregou nas prisões do meu sadismo.

Sem remorso, eu sinto prazer luxurioso em perceber a tristeza invadindo a alma da submissa, sua voz embargada é musica suave e doce, seus olhos lacrimejantes é moldura que ornamenta o rosto
sofrido e resignado daquela pobre alma.

Sem remorsos, insisto em um esplendoroso sorriso sarcástico, deixando a mostra minha perversidade ao ver as lágrimas escorrerem pela face singela e humilhada da submissa, que em sua entrega sofrida, fica
paralisada e não consegue soltar minhas mãos para fugir daquela agonia.

Sem remorso, examino a mente, os sentimentos e as emoções da submissa, até escutar seu coração rascar. Isso é muito além de chorar por dor ou humilhação diante do Senhor, mas é entrar na comunhão do seu próprio sofrimento, é relacionar-se com as suas próprias emoções e sensações.
É quando a submissa se rende em total resignação e se coloca sem reservas para ser totalmente subjugada. Coloca suas faculdades à disposição do seu senhor.

Sem remorsos, sinto alivio delicioso em testemunhar a submissa se tornando como leito seco de rio, e eu derramo o meu licor luxurioso em seus vazios. Ela começa a ver com meus olhos e a sentir com o meu coração, a ansiar com os meus desejos e a respirar com o meu sopro. Ela passar viver em mim.

Meu maior prazer é quando as lágrimas da submissa são a única coisa que sua boca está provando.

Dom Resende

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Minha cadela em um dia de Sabado

Minha cadela em um dia de sabado

Normalmente nos finais de semana gosto de passear, fazer pequenas viagens para cidades próximas de BH, estar com as minhas cadelinhas, viver minhas perversidades sem culpas ou remorsos, mas sempre com muita responsabilidade e sutileza, entretanto nesse ultimo sábado marquei com minha cadelinha de levar o carro dela para trocar os pneus que já estavam muito gastos.

Exatamente às 9 horas, lá estava ela com um vestidinho de linho azul com detalhes de renda, feito sob medida muito antigo e um pequeno broche esmaltado de libélula. A imagem lascivamente ingênua com aspectos de puritana naquela carne palpitando vida, dessa vida que respira, que fala, que olha, que olfata, que gesticula e ondula, caminhando para mim. Controlei meus instintos e apenas tivemos uma breve conversa, entramos nos carros e fomos até a loja de pneus.


Lá, ela assentou-se em uma poltrona, enquanto eu dava providencias para a troca dos pneus. Mesmo distante não descuidava da minha cadelinha, não sei explicar, mas meus instintos conseguiam ouvir os gemidos silenciosos que vinham daquele corpo de aflição, num soluçar fraco que mais parecia choro de criança.
Finalmente tudo resolvido. Pneus novos. Hora de voltar e guardar o carro, mas o meu sábado ia começar assim que o carro dela estivesse na garagem. Eu espero na esquina e novamente lá vem ela. Meus sentidos já naquela hora experimentavam sensibilidades de vibração ao som de uma música dolente de melancolia e nitidamente vi! — vi e senti que estava perto de mim aquela santa depravação e sem cerimônia provei o fruto daquela luxuria destilada em disfarçada ingenuidade de cadela e fui encaminhando meus dedos na gruta dela que entraram que nem quiabo deslizado em paredes úmidas , quentes e ela rebolava deliciosamente revelando o doce do seu fruto macerado com o elixir do meu desejo.
Mas era apenas um aperitivo. Novamente entramos no carro, mas agora nosso destino era um sitio em João Molevade, onde ela seria o sacrifício que aplacaria minhas ânsias de maldades. Meu sadismo exige a total consagração das lágrimas da cadela onde a apoteose são os gemido e os soluços! Dor dos sentidos e da humilhação!
Já no sitio, dentro da casa grande, velha, escura e de aspecto abondonada cercada de mato e arvores frutiferas, a cadela reconhece que está no templo da sua agonia.
Ah! delicia das delicias! Um sentimento que subia como incensos da minh'alma, que se exalavam ante a sua imagem de suplicio, como num altar sagrado. Sentimento épico, quase clássico. Um sentimento de “CARINHOSA PIEDADE SADICA E PATRIARCAL” pelos seus sacrifícios, pela sua abnegação, pelos seus afetos extremos e dedicações sem limites, pela sua delicadesa em renunciar a si mesma, pela sua caridosa ingenuidade de menina puta, pela sua celeste ternura. Minha cadela!!!!
Sim ! Minhas cadelas são misticismos de êxtases, delicadezas de sensação, espasmos de ascetas enclausurados, de mártires lívidos nos cilícios da penitência, serenos na suprema Dor. Não posso negar que diante da imagem do seu corpo trêmulo desprovido de honrra ou pudores que se entrega em olocausto para minha satisfação inpiedosa, tenho gozo cheio de prazer ao contemplar a ternura nos seus olhos e todas as meigas curvas de sua face que eu beijo com meus açoeites , como se o meu olhar deslumbrado tivesse tato e a apalpasse.
Não era dificil perceber que ela tateava numa dúvida cruciante entre ficar e sofrer ou sair fora daquele cárcere de angústia, para fugir daquela casa em que estava agrilhetada e cujo impressionismo de pavor dilacerava e queimava a sua carne com desejo e submissão, mas dominada por sua natureza doce e obdiente se deixava devorar como uma chaga, rasgava-se em lacivia, despedaçava-se em nervos. Mas ela é minha, não tem como fugir. Sua luta é inutil e ela vem dolorosamente, triste e soturno o seu caminhar tateante, oscilante, mas que seguia resoluto para mim, perseguindo-me, atraindo-me como ima, fascinando-me como um vício secreto, como um mal doentio, como uma serpente magnética, como uma nevrose fatal!
Estava dominada pelo desejo angustioso, soluçante de encher todo aquele ambiente com os seus lamentos e gemidos desesperados; mas não saiam gritos apenas soluços rouco, surdo, absurdo som ininteligível, como o grunhido animal, rolava, arrastava, rangia áspera, pedregosamente na garganta o seu sofrimento.
Essa liturgia prolongou-se por toda a tarde e boa parte da noite só depois de saciado decidi voltar para BH, mas antes ainda fomos jantar em um restaurante desses de beira de estrada onde tem muitos caminhoneiros e os viajantes da noite , mas essa parte da historia fica para outro dia.
Dom Resende

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Minah menina

Minha menina
Admito as delicias dos meus insanos prazeres, sórdidos, pervertidos, lascivos, e egoístas que sem conflito entre as minhas reivindicações instintivas e as exigências morais vivo tão somente a pulsão pela vida estranhamente conciliando o sagrado e o profano.
Confesso as delicias dos meus insanos prazeres obscenos que imagina fazer de vc uma vagabunda dominada pelo cio, levantar sua saia, afastar a calcinha, abri as suas pernas e meter minha pica cabeçuda em sua entranhas sem pudores ou cuidados , em pé, por trás, e com força, com muita força.
Sem vergonhas eu declaro as delicias do insano prazer em ouvir seu choro irromper incontrolável. Não por causa da penetração violenta, abrupta. A dor vem da sua alma, por se submeter àquela degradação, àquela desavergonhada condição de cadela, dominada não apenas pela autoridade sádica, mas pelo tesão, alimentada pelos instintos de fêmea no cio. Um choro abafado e meio melancólico é verdade, mas também de um prazer absurdamente libertador.

Dom Resende

Pensamentos litúrgicos

Pensamentos litúrgicos

A Liturgia introduz-nos na atmosfera misteriosa da relação
sadomasoquista, é quando a submissa se esforça para que todo seu corpo
e alma proclame a sua devoção incondicional e disciplinada ao seu Sr.
A liturgia é um exercício que resulta na integração entre o Sr e a
sub. Na liturgia a relação é sincronizada pelo ritual do desejo, ou
seja, Sr e sub associam-se instintivamente é quando a sub reconhece,
nEle a sua voz, e Ele nela a sua voz.

A ação litúrgica torna-se mais encantadora e eficaz em seus objetivos
quando os ritos são feitos com convicção, mas de maneira leve, sem
deixar de serem solenes

A liturgia é ação disciplinadora por excelência. A liturgia realiza e
manifesta como sinal visível da relação entre o Sr e a sub através de
uma linguagem comportamental e ritualística. A liturgia tem de ser
precedida pela cumplicidade inteligente. É na liturgia que, por meio
de símbolos e gestos, que a sub diz ao seu Sr: “quero cumprir
inteiramente a vossa vontade. Eu quero vos agradecer".

A liturgia deve seguir um rito próprio de cada relação, mas sempre
procurando encontrar o ponto de equilíbrio entre o rigor formal
próprio que define a condição do Sr e da escrava sem perder o
requinte encantador da perspicácia fazendo aflorar os sentidos e as
emoções.

A liturgia deve trabalhar os sentidos, o olfato, o tato, o paladar, a
visão, a audição sem desprezar as sensações que em seu núcleo reclama
a dramaticidade dos acontecimentos e faz concretizar a sua cruel
realidade corporeidade a começar pelo ritual do comportamento, que é a
verdadeira morte das vontades da submissa. Os ritos comportamentais,
vira às avessas o visível para revelar o invisível e escava na alma
submissa para gerar a docilidade que encanta e possibilita a entrega
sacrificial fazendo emergir um sentido excessivo de um corpo
flagelado, suado, trespassado como agradável odor desejado por seu Sr.

Durante a relação litúrgica cada ato está cheio de significado. A
liturgia vive precisamente da ativação dos nossos sentidos, não
podendo sequer falar em ação ritual sem a participação na mesma. Esta
participação caracteriza-se principalmente pela variedade de códigos e
linguagens requeridos pelo rito que ajuda a criar o “ambiente”
litúrgico e liga-se à “memória” da inserção da nossa história
pessoal.

É pelo corpo e pela ação que o ser humano se liga ao espaço. Mas a
nossa “situação” não constitui um fenômeno totalmente externo, nem uma
experiência puramente interna da consciência. O ser humano habita
“espaços potenciais” aos quais acede por meio de “objetos
transacionais”. Esta experiência faz descobrir o “ambiente” e dele
depende largamente. Também a liturgia se dá num ambiente condicionado
e possibilitado pela implicação corporal no rito. Desta forma, o
espaço litúrgico não corresponde simplesmente ao lugar (segundo um
critério quantitativo), nem propriamente ao nosso “estar ali” (mesmo
que consciente e atentamente.), mas é delimitado por uma experiência
de mútua implicação e sujeição a condições ambientais, corporais e
intersubjectivas.

Elementos naturais como as roupas, os sapatos, a vara da disciplina, o
tom de voz … surgem como os “objetos transacionais” que permitem a
constituição da liturgia como espaço potencial, isso significa dizer
que a experiência que deles fazemos é que “situa” a liturgia. E esta é
uma experiência de ativação dos nossos sentidos. Do uso comum e
quotidiano destes elementos mantemos apenas um gesto estilizado,
subtraído a qualquer utilidade, de modo a revelar o sentido do porque
estamos vivendo o que vivemos. Com estes elementos, podemos
compreender a forma como o uso ritual do código dos sentidos se liga
ao ambiente. Basta pensarmos na vara da disciplina que imediatamente
se espalha um clima de castigo e envolve o espaço e as pessoas.
Particularmente sugestivo pode ser a articulação entre o código
visual, o código olfativo e o código espacial inerente ao uso das
velas, das flores ou qualquer outro objeto na liturgia.

Na relação litúrgica o importante são as sensações e estas só pela
ativação dos sentidos se pode atingir: na liturgia, não colhemos a
diferença (do significado), mas sim a identidade (do significante):
vemos a “ vara do castigo” e a submissa de joelhos, ouvimos o choro
da submissa sufocado quase contido na alma e oferecemos o colo da
penitencia,a sub olha para a coleira e caminha em direção ao altar da
entrega, a sub sente o toque das mãos do Sr em seu rosto ela responde
em atitude de adoração e assim sucessivamente.

Dom Resende

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

vivendo os instintos

Precisamos ter a ousadia para viver a intensidade de cada desejo.
Sentir sem medo de sentir, caminhar sem medo de errar e errar sem medo de acertar. Sendo assim percebemos que a recompensa é por tentar e não por ter sucesso, o segredo do bem viver é que façamos esforço, tendo sucesso ou não.

Qual é a diferença entre uma pessoa que caminha e outra que para de caminhar?

- Uma pessoa que caminha cai sete vezes, uma pessoa que para de caminhar cai apenas uma vez. A pessoa que caminha cai e então se levanta novamente, novamente e novamente. Mas uma pessoa que para de caminhar cai e nunca se levanta. Errar é andar sem compromisso de chegar a um lugar determinado; significa perambular, estar aberto para as coisas que nos atingem o olhar e tocam os sentimentos. Errar sem medo é estar aberto para as sutilezas do novo.
Para melhor vivenciar a submissão é ter a ousadia de viver despreocupada com as definições, despreocupada com nomenclaturas ou classificações, interessada só em viver o agora.
Submissão é renunciar a si própria. Renunciar aos pudores, as resistências, aos medos, as certezas e com humildade consciente buscar a vontade e felicidade do Sr. O caráter da submissão não é forçado ou imposto, mas inteligente e sacrificial fruto da reverencia que a submissa tem por seu Sr e, tal respeito, obediência e dedicação não é concordar nem é passividade cega, mas é o reconhecimento da autoridade, da liderança que o Dominador coloca sob a vida da submissa, é a cooperação e sujeição à autoridade do Dominador o que significa adesão real, movida pela vontade, a qual é iluminada pela natureza lasciva do desejo, ao testemunho dos instintos. Assim submissão tem a ver com reconhecimento de autoridade. Quando se reconhece a autoridade de alguém, fica mais fácil ser-lhe submisso.
Se a submissa reconhecer a absoluta autoridade do Senhor sobre todas as coisas, e confia em Seu cuidado por ela, certamente irá entregar tudo, completamente nas mãos de Seu Sr. A verdadeira autoridade exige reverência da submissa e não medo. A reverência atrai, o medo afasta.

Dom Resende