Páginas

terça-feira, 30 de março de 2010

Convento de sensações

Convento de sensações

Confesso sem traumas, remorsos e livre de pecado, meu prazer luxurioso que encontro em “cativas submissas” o libidinoso convite que chama minha natureza sádica e dominadora para satisfazer seu apetite perverso de provocar angustia, dor, humilhações e caricias que de tão afetuosas parece contradizer todo meu sádico desejo.

Confesso que como um sacerdote, entro no convento onde estão enclausuradas as “cativas submissas’, contidas, disponíveis com olhos formatadas pela sedução, carregados de amoralidades. Que em silêncio interioriza e uni-se à liturgia do meu desejo. Devotas fieis e completamente disponível ao serviço incansável da santa luxuria.

Quanto maior é a delicadeza sutil da perversidade libidinosa da liturgia do sadismo em suas almas, tanto mais devem se humilhar, aceitando com resignação e paciência todas as tribulações que o Senhor envia.

Eu acredito que Mulheres submissas são aquelas que ousaram desafiar as normas sociais vigentes e por mais que pareça paradoxal decidiram viver um cárcere voluntário libertando o corpo e a alma para se dedicar ao seu Senhor.

Enclausuradas nesse convento de sensações vivem os prazeres e os sofrimentos latejantes e febris das emoções, das sensações incoercíveis, marcando algumas vezes com cicatrizes que qualificam o fantástico das exacerbações da natureza humana: alucinações, cuja lógica ultrapassa a da consciência habitual, mentes inquietas e febris, o duplo de cada pessoa. A impressão de realismo é criada dentro do irreal. Os cenários são brumosos, repletos de elementos de dor, sofrimento, humilhação e perversas “CARICIAS” que chega ao gozo; delírios de grandeza; rechaço do inconsciente.
Dom Resende

Nenhum comentário:

Postar um comentário